A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, nesta sexta-feira (18), a proibição da manipulação, comercialização, propaganda e uso dos implantes hormonais manipulados, popularmente conhecidos como "chips da beleza". A medida foi tomada após a agência receber diversas denúncias de entidades médicas, que apontam o crescimento de complicações graves em pacientes que utilizam esses implantes.
De acordo com a nova resolução, que será publicada no Diário Oficial da União (DOU), esses implantes, usados para emagrecimento, aumento de massa muscular, tratamento de menopausa e antienvelhecimento, não possuem registro na Anvisa e nunca foram submetidos a avaliações de segurança e eficácia. A proibição também inclui substâncias como testosterona, gestrinona e oxandrolona, que são frequentemente utilizadas nessas formulações manipuladas.
Essa proibição segue uma série de ações anteriores da Anvisa e do Conselho Federal de Medicina (CFM), que, desde o ano passado, já haviam proibido a prescrição de hormônios para fins estéticos, como ganho de massa muscular e melhoria de desempenho esportivo.
As entidades médicas, como a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO) alertam que o uso desses implantes tem levado a um aumento de casos de complicações, incluindo elevação do colesterol, hipertensão, acidentes vasculares cerebrais (AVC) e arritmias cardíacas. Além disso, outros efeitos colaterais, como crescimento excessivo de pelos (hirsutismo), queda de cabelo (alopecia), acne, alterações vocais e problemas psiquiátricos, também têm sido reportados.
Os implantes hormonais manipulados misturam diversos hormônios, alguns deles sem qualquer avaliação de segurança para a forma implantável. A ausência de regulação e controle sobre esses produtos agrava ainda mais os riscos para a saúde pública. O alerta da Anvisa também reforça que implantes hormonais sem registro não são seguros, e seu uso pode resultar em efeitos indesejáveis graves.
A agência também recomenda que os pacientes que fazem uso desses dispositivos procurem seus médicos para orientação sobre o tratamento e, em caso de reações adversas, notifiquem o órgão regulador.
O médico especialista que estuda e avalia as alterações hormonais é o endrocrinologista. A Dra Mariana é médica especialista e titulada em Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Para agendar um horário e saber mais sobre seu atendimento acesse: https://www.doctoralia.com.br/mariana-fidalgo-paretsis/endocrinologista/sao-paulo
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